18 de junho de 2010

La Mano de Diós

É claro que desejo ver o Brasil conquistar o hexa, mas tá difícil. A seleção burocrática do Dunga ainda não me empolgou.

Cadê o Ronaldinho Gaúcho, em excelente fase, para fazer aqueles lançamentos precisos? E o Roberto Carlos, o mestre da lateral-direita? Cadê a irreverência, a banana pro esquema da cartolagem e dos empresários que infestam nosso futebol?

Está muito sem graça, muito “neo-liberal” pro meu gosto essa seleção. Vai daí, se ficarmos pelo meio do caminho (e chegar lá será bom demais), elegi como plano B torcer pela Argentina, e explico: los hermanos estão mostrando a garra que deixamos de lado em função de contratos milionários, têm a criatividade que vamos esquecendo a cada novo patrocínio, mostram um olímpico desprezo para aquela imagem do “politicamente correto” que nossa seleção faz tanta questão de passar (viramos uma equipe de meninos bonzinhos).

Maradona, com seus chiliques, me fascina. Ele vibra, torce, se desespera, é passional, puro Gardel, 100% latino. Ele é mais verdadeiro, não está nem aí se vai agradar ou não, foi à África disputar A Copa, não para um concurso de miss simpatia qualquer. É um mito dirigindo uma lenda, a nossa eterna adversária.

E que dizer de Tevez, brigando com a zaga, Messi, brilhante, Higuain (isso lá é nome?) oportunista e certeiro, e aquele semi-deus Sergio Romero?

Essa seleção só tem um grande defeito: a cor da camisa; mas é o meu plano B que espero sinceramente nunca venha a ser necessário.

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