6 de agosto de 2010

Quase sumi de mim

Fiquei um tempão sem postar coisa alguma. Nesse tempo todo estive lidando, ou tentando lidar, com uma ausência muito forte: meu pai foi encontrar minha mãe, meus avós, amigos que também tinham ido para outros encontros, enfim, foi um tempo de aprender a viver sem ter ao meu lado aquele velhinho simpático, doce, irreverente, que ele era.

Fomos grandes amigos, bons companheiros, de tomar cervejinha juntos, de partilhar papos ou silêncios gostosos nas tardes de sol. Ele sempre foi assim. Lembro que quando éramos crianças, eu e meu irmão, íamos com ele assistir as peladas do Primavera FC, lá no Tatuapé, ou andar de roda gigante no Parque Shangai (coisa antiiiiga, ficava no Parque D. Pedro II,  hoje ali só existe um emaranhado de viadutos repletos de carros). Não saíamos de casa sem o seu "vai com Deus" e ele também não saía pro trabalho sem ouvir dos filhos um "vai com Deus e volta com os anjos, Deus que te livre de todo mal!". A minha, a nossa relação com ele, sempre foi de cumplicidade. Fica sem graça o dia a dia sem esse sorriso... Mas uma coisa que ensinou foi a não desistir nunca, e esse princípio não veio através de discursos ou conselhos, foram suas atitudes diante da vida, a maneira como encarou seus desafios: com coragem e sem perder o alto astral, sua marca registrada.  Figura poderosa esse meu velhinho! Bença, pai, dorme com Deus.

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